Não é verdade:
Que o Espiritismo esteja todo em Kardec – os próprios Espíritos disseram que ele necessitaria voltar para completar a obra.
Que o Espiritismo pertença aos espíritas – a Doutrina é dos Espíritos.
Que o Espiritismo não seja religião – segundo o Codificador, ele é a “Ciência do Infinito” e, portanto, abarca todos os ramos do Conhecimento, revelados e não revelados.
Que o Espiritismo já tenha dito a última palavra em torno de todos os seus Princípios fundamentais – sendo uma Doutrina de caráter dinâmico, que se interessa apenas e tão-somente pela Verdade, a última palavra nunca será dada.
Que o Espiritismo se confunda com o Movimento Espírita – o Movimento é dos homens e, portanto, tão falível quanto eles.
Que o Espiritismo, através da prática da Caridade, recomenda o assistencialismo puro e simples – o conceito de cidadania na Doutrina é universal, não se restringindo à inclusão do indivíduo na sociedade dos homens.
Que o Espiritismo se opõe ao avanço da Ciência – Kardec escreveu que, caso a Ciência viesse a constatar qualquer equívoco num de seus postulados, ele não deveria hesitar em corrigir-se naquele ponto.
Que o Espiritismo seja uma Doutrina irretocável – médiuns e espíritos são criaturas limitadas e, portanto, ainda sujeitos a erros.
Que o Espiritismo seja superior a todas as crenças – desentranhando o espírito da letra, ele se apoia sobre as verdades nas quais a maioria das religiões se alicerça, indo, porém, além do que se encorajaram a ir.
Que o Espiritismo tenha vindo para substituir as crenças já existentes – afirmou o Codificador que ele surgia como o mais poderoso auxiliar das religiões, na luta contra o Materialismo.
Que o Espiritismo deva espalhar-se no mundo como Movimento organizado – os Princípios espíritas não são apenas de seu domínio e, como expressões da Verdade, não há quem lhes possa reclamar a posse.
Que o Espiritismo seja uma filosofia moralista – ele é a Doutrina do livre arbítrio, com cada qual sendo exclusivamente responsável pelos seus atos.
Que o Espiritismo será causa de privilégio para os seus adeptos, na Vida de além-túmulo – o Mundo Espiritual que rodeia o homem na Terra, em várias de suas dimensões, não é espírita.
Que o Espiritismo possua hierarquia ou líderes encarnados – dentro da Doutrina, toda liderança é espontânea e exclusivamente de ordem moral.
Que o Espiritismo pretenda unificar opiniões e pontos de vista – na atual conjuntura evolutiva da criatura encarnada, isto seria almejar o impossível.
Que o Espiritismo apregoe qualquer espécie de censura à livre manifestação do pensamento – a sua Fé é Raciocinada e, portanto, essencialmente especulativa.
Fora dos preceitos que, em síntese, seguem acima listados, eu não entenderia o Espiritismo e, tivesse que abdicar de um só deles, eu não seria espírita ou, por outra, eu não seria o espírita que quisessem me forçar a ser.
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